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EVOLUÇÃO ESPIRITUAL


Vamos pensar !? A natureza não dá saltos!!! Mas o seu caminhar... É em passos curtos ou largos?

Quanto tempo leva um espírito para evoluir espiritualmente? Quantas reencarnações são necessárias para o desabrochar das sementes da virtude e do intelecto, compondo assim as duas asas para alçar o vôo rumo a plenitude?

É Justo afirmar ? “fulano não tem jeito” ou “nesta reencarnação eu não vou conseguir tal êxito” ou “vou deixar esta pendência para a próxima vida”. Utilizando tais afirmações, sabotamos o nosso plano divino de evolução. Na verdade temos que agradecer a grande oportunidade que tivemos nesta vida em conhecer a Doutrina Espírita.

É brilhante a explicação que São Luis nos dá no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 4 no item 25, onde aborda a necessidade da encarnação. Ele nos presenteia com a chave da porta da plenitude, bastando cada um de nós a decisão de querer agir, atuando nesta chave e fazendo-a girar na fechadura das provações que necessitamos ultrapassar. Sinta a beleza da verdade quando ele diz “Mas a encarnação é para todos os Espíritos apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impôs no início de suas vidas, como primeira prova do uso que farão do seu livre arbítrio. Aqueles que cumprem essa tarefa com zelo vencem mais rapidamente e de maneira menos aflitiva esses primeiros degraus da iniciação e colhem mais cedo os frutos de seu trabalho.”

Nos resta agora uma reflexão: eu sou zeloso nas questões desta minha vida? Quantas vezes reclamamos da vida sem nos dá conta do presente que a vida é, sem perceber que estamos avançando, sem olhar para o próximo e enxergar uma prova maior que a nossa?

Dando sequência a esta explicação de São Luis, Kardec no item seguinte faz uma observação que definitivamente se lermos e ultrapassarmos o nível do conhecimento para nos aprofundarmos na consciência, desta forma, entenderemos que a evolução espiritual é uma decisão íntima e pessoal e que podemos agir a cada instante, como o agora. Kardec diz “O estudante apenas chega aos graus superiores da ciência após ter percorrido as séries que conduzem até lá. Essas séries, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de chegar ao objetivo e não uma punição. O estudante esforçado encurta a caminhada e nela encontra menos dificuldades, contrariamente àquele cujo desleixo a preguiça obrigam a repetir algumas séries. Não é o trabalho da repetição que constitui uma punição, mas a obrigação de ter de fazer tudo outra vez”.

Vamos refletir!? Qual série você está? Quantas vezes tem repetido as mesmas matérias? Sente preguiça? Estas reflexões no primeiro momento nos machuca, mas se formos alunos desejosos pelo saber, transformaremos os sentimentos de humilhação e dor causados pela reflexão para a vivencia de libertação e alívio que o crescimento espiritual proporciona.

Dando continuidade ao pensamento de Kardec neste mesmo item, ele afirma “Porém, para o homem esclarecido, no qual o sentido moral está mais desenvolvido e que é obrigado a repetir as etapas de uma vida corporal cheia de angústias, quando já poderia ter alcançado o objetivo, torna-se um castigo, pela necessidade de prolongar sua permanência nos mundos inferiores e infelizes. Ao contrário, aquele que trabalha ativamente para o seu progresso moral pode não somente encurtar a duração da encarnação material, mas vencer de uma só vez os graus intermediários que o separam dos mundos superiores.”

E para finalizarmos nossa reflexão sem nenhuma dúvida que a evolução espiritual depende apenas da nossa vontade e esforço íntimo, encerraremos ofertando um presente para todos nós, vamos durante esta semana refletir na questão do Livro dos Espíritos número 117 – Depende dos Espíritos apressar seu progresso para a perfeição? Certamente. Chegam mais ou menos rapidamente conforme seu desejo e submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais rapidamente do que uma criança rebelde?”

Artigo publicado na Revista dos Estudos Espíritas


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A Doutrina Espírita é de natureza tríplice, pois abrange princípios filosóficos (é uma “filosofia espiritualista”1), científicos e religiosos ou morais. Daí Allan Kardec afirmar: O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática consiste nas relações que se podem estabelecer entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações.2

 

Tendo como referência essa orientação, o Espírito Emmanuel elucida: Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado […] como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu.”3 E acrescenta:

No seu aspecto científico e filosófico, a Doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual. 3

 Em linhas gerais, o aspecto filosófico analisa a Criação Divina, explicando porque Deus criou o homem, qual é a sua origem e sua destinação, refletindo sobre as causas da felicidade e infelicidade humanas.

 

O aspecto científico fornece comprovações a respeito da natureza e imortalidade do Espírito; a influência exercida pelos Espíritos e o intercâmbio mediúnico estabelecido entre  encarnados e desencarnados. 

O aspecto religioso trata das consequências morais do comportamento humano, definido pelo uso do livre arbítrio e governado pela lei de causa e efeito.

A melhoria moral, orientada pelo Espiritismo, fundamenta-se nos preceitos doutrinários do Evangelho de Jesus,  considerado “modelo e guia da Humanidade” 4: “Para o homem, Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua  lei […].”4

Referências

  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Folha de Rosto.

  2. ____. O que é o espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Preâmbulo.

  3. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Definição.

  4. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010, questão 625.

     

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