VOCÊ É ESPÍRITA? SIM OU NÃO?

Você é espirita? Sim ou não?
Você sabe justificar por que você é espírita? Justificar significa: apresentar motivos, razões.
Pode pensar por um tempo, mas o importante é você, realmente saber, o por que você é espírita. Mas, podemos fazer outras perguntas para te auxiliar a responder esta, por exemplo: como foi o seu encontro com a Doutrina Espírita? Qual foi sua primeira impressão? O que te chamou mais atenção na Doutrina? Qual a abordagem que tocou o teu coração?
Temos que ter estas respostas, pois de acordo com os pilares da Doutrina Espírita, que são três, a saber, Ciência, Filosofia e Religião, vemos que o sucesso da ciência é a pesquisa, a investigação e suas respectivas experiências na prática.
No pilar da filosofia, somos instigados aos questionamentos, bom senso, busca da verdade e do saber.
No pilar da religião, os espíritos nos convidam a ter vivência na fé raciocinada.
Trazendo para o nossa dia a dia o maravilhoso método filosófico usado por Alan Kardec, podemos desta forma pesquisar, questionar e elaborar um projeto e praticá-lo nesta reencarnação. Nós temos que fazer perguntas e respondê-las para nos situarmos na nossa trajetória evolutiva, temos que saber em qual ponto estamos.
O que você acha desta proposta?
Voltando a pergunta inicial, você conseguiu responder? Podemos avançar neste método filosófico. Jesus diz: “Muito será cobrado daquele que muito recebeu.” Em sua opinião, o que você recebeu? Se as informações da Doutrina Espírita são revolucionárias, então podemos nos perguntar: O que, efetivamente, eu consegui melhorar com as informações da Doutrina?
No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 16 item 9 – “Verdadeiramente, o homem só possui como seu aquilo que pode levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e do que deixa ao partir, desfruta durante sua permanência na terra. Mas, forçado que é a abandonar tudo, tem apenas o usufruto e não a posse real. O que é, afinal, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais.”
Podemos refletir: como uso minha inteligência? Ela é Inoperante? Ela atua na área da maldade, da ganância? Minha inteligência é acionada para o bem? Como aplico meus conhecimentos? Quais minhas qualidades morais?
No desenvolvimento das ideias tem a crença, o conhecimento e consciência, você sabe onde sua mente se situa?
No Livro O Homem Integral, a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis explica sobre cada etapa: “A crença vive inata no homem, aguardando os estímulos que façam desabrochar-se, enriquecendo de forças a vida.
Há uma crença automática, natural, herança arquetípica das gerações passadas, que induz à aceitação dos fatos, das ideias e experiências, sem análise racional. E existe aqueloutra, que é resultado da elaboração da lógica, das evidências dos acontecimentos com as quais a razão aprova. Crê-se, portanto, por instinto e por conhecimento experimental.”
Parada para reflexão: Você consegue identificar os tipos de crença? Como é sua crença? Apenas a que se refere a aceitação dos fatos, das ideias sem análise racional ou sua crença é o resultado da elaboração da lógica? Você já fez uma análise racional sobre suas ideias? O que concluiu?
A benfeitora continua explicando sobre a consciência.
“A consciência, na sua realidade, é fator extra físico, não produzido pelo cérebro, pois que possui os elementos que se consubstanciam na forma que torna necessária à exteriorização.
Essa energia pensante, preexistente e sobrevivente ao corpo, evolve através das experiências reencarnacionistas, que lhe constituem processo de aquisição de conhecimentos e sentimentos, até lograr a sabedoria.
Como consequência, faz-se herdeira de si mesma, utilizando-se dos recursos que amealha e deve investir para mais avançados logros, etapa a etapa.”
Mais um momento de reflexão: Quais suas experiências nesta reencarnação? Quais suas aquisições de conhecimento? Sentimentos? Como você tem investido para êxito espiritual? Quais recursos tem usado?
Emmanuel no livro Emmanuel, psicografado pelo Chico Xavier diz “Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer “eu creio”, mas afirmar “eu sei” com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento.”
Então você acredita ou sabe a Doutrina Espírita? Você consegue analisar os fatos da sua vida à luz da Lei de Ação e Reação, da imortalidade da alma, da reencarnação?
Você consegue compreender e aceitar a morte? Mesmo exercendo seu direito de humano e nos sentimentos da saudade, da dor, do choro, consegue aceitar resignadamente a morte ou não se conforma com a morte no seu grupo de almas queridas?
Ser Espírita não é ser frio diante da dor, da prova, da expiação, mas é saber que tudo faz parte de um programa onde cada um de nós é o autor, protagonista, coadjuvante, figurante,...tudo depende de nós.
Artigo publicado na Revista dos Estudos Espíritas