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EGOÍSMO X AUTO AMOR


Você é egoísta? Você se cuida? Você ama alguém? Você se ama?

Sabemos que o amor é a nossa bússola, pois o amor aponta o caminho da felicidade, da perfeição e da evolução espiritual. E o amor é o tema básico que nos impulsiona na escalada da evolução espiritual.

Diz a lenda que quando o evangelista João estava na ilha de Patmos, havia um homem que diariamente ia visitá-lo e sempre lhe fazia a mesma pergunta: O que Jesus ensinava? E o sábio João apenas lhes respondia: Jesus ensinava que nos amássemos uns aos outros. Após anos, o homem indignado com a repetição paciente, e após ouvir mais uma vez a mesma resposta, comentou irritado: Mas Jesus só ensinou isso, não ensinou mais nada!!? E João na sua compreensão crística respondeu: Quando nós aprendermos a amar, Jesus trará um novo ensinamento.

Ah! O amor!! Que sentimento é este!? Você já o sentiu nas fibras mais íntimas do seu ser? Já sentiu o amor real? O amor incondicional? Mas se existe o amor verdadeiro é porque também existe um amor falso, concorda? É mais comum sentirmos o sentimento do “amor posse” que reflete nossa imaturidade justificando no íntimo “eu amo porque é meu ou eu amo porque quero possuir”, e com certa frequência nos nossos momentos de distração podemos até confundir a proposta triangular de Jesus, quando ele ensina amar a Deus, ao próximo, como a nós mesmos, fechando assim um triângulo e que muitas vezes confundimos o amor a si mesmo, o auto amor com o egoísmo.

Ouvi certa vez o orador Divaldo Franco explicar a diferença entre auto amor e egoísmo e fiquei impressionada com a nossa capacidade em sabotar nossa evolução, e a explicação dada foi que; o egoista quer coisas para si, deseja pessoas para si, sem nenhum mecanismo de evolução, deseja apenas para atender seu capricho de querer, enquanto que no processo de auto amor, a pessoa elege o melhor para si, podendo as vezes abrir mão de coisas e de pessoas, elegendo sempre o bem estar emocional e espiritual.

Allan Kardec com o objetivo de ajudar a humanidade na caminhada, pergunta aos espíritos na questão 917-Qual o meio de destruir o egoismo? Quanto a resposta dada pelos Espíritos, sugerimos que cada um de nós leia hoje ao deitar e faça uma reflexão individual e profunda no processo de auto conhecimento.

Mas, na nota de Kardec nesta mesma questão, o mestre nos presenteia com frases que servem de remédio para a nossa alma, quando diz: “É preciso combatê-lo (o egoismo) como se combate uma doença epidêmica. Para isso, devemos proceder à maneira dos médicos: ir à origem…. Uma vez conhecidas as causas, o remédio se mostrará por si mesmo….Isso só acontecerá se o mal for atacado pela raiz, ou seja, pela educação; não pela educação que tende a fazer homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem…Quando compreender que o egoísmo é responsável pelo orgulho, ambição cobiça, inveja, ódio, ciúme, que o magoam a cada instante, que provoca a perturbação e as desavenças em todas as relações sociais e destrói a confiança, que o obriga a se manter constantemente na defensiva, e que, enfim, do amigo faz um inimigo, então compreenderá também que esse vício é incompatível com sua própria felicidade a até mesmo com sua própria segurança.”

Agora confiantes nas orientações do codificador, podemos começar uma pesquisa em nossa vida, começar a vasculhar, investigar e destruir algumas máscaras que por diversas circunstâncias criamos em nome do amor. Uma pausa para a reflexão: Você sabe sobre a qualidade do seu amor?

No quesito auto amor, onde Jesus fecha o triângulo, quais as provas que poderiamos dar para confirmar que nós nos amamos? Pois se Ele coloca este auto amor como referência para amarmos o próximo, então precisamos saber como funcionamos para caminharmos com segurança rumo a evolução, “para frente, sempre para frente e para o Alto!”conforme o amigo Léon Denis afirma.

Artigo publicado na Revista dos Estudos Espíritas


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A Doutrina Espírita é de natureza tríplice, pois abrange princípios filosóficos (é uma “filosofia espiritualista”1), científicos e religiosos ou morais. Daí Allan Kardec afirmar: O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática consiste nas relações que se podem estabelecer entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações.2

 

Tendo como referência essa orientação, o Espírito Emmanuel elucida: Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado […] como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu.”3 E acrescenta:

No seu aspecto científico e filosófico, a Doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual. 3

 Em linhas gerais, o aspecto filosófico analisa a Criação Divina, explicando porque Deus criou o homem, qual é a sua origem e sua destinação, refletindo sobre as causas da felicidade e infelicidade humanas.

 

O aspecto científico fornece comprovações a respeito da natureza e imortalidade do Espírito; a influência exercida pelos Espíritos e o intercâmbio mediúnico estabelecido entre  encarnados e desencarnados. 

O aspecto religioso trata das consequências morais do comportamento humano, definido pelo uso do livre arbítrio e governado pela lei de causa e efeito.

A melhoria moral, orientada pelo Espiritismo, fundamenta-se nos preceitos doutrinários do Evangelho de Jesus,  considerado “modelo e guia da Humanidade” 4: “Para o homem, Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua  lei […].”4

Referências

  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Folha de Rosto.

  2. ____. O que é o espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Preâmbulo.

  3. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Definição.

  4. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010, questão 625.

     

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